COMEÇAR é um verbo que envolve muita AÇÃO; ação para repensar, refletir, elaborar e, o mais importante, MUDAR para CONSTRUIR.
Sabemos que o ser humano é um constante mudar, pois, dia a dia, ele confronta situações novas que o fazem, dentro da sua experiência adquirida ao longo de sua busca, seja ela qual for, RECOMEÇAR.
ACREDITAR que é possível envolve coragem, e na história da educação tudo pode ser NOVO e pode depois, fazer parte da HISTÓRIA.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio “Padre José de Anchieta” teve seu papel marcante nessa história, sendo a protagonista deste enredo.
Desde sua fundação até os dias atuais, sofreu com as transformações imposta pelas Leis que regem o Ensino Brasileiro. Mas se mostrou firme e acatou todas as mudanças com dignidade e respeito, pois sabe que tudo que vier para benefício de um povo é especial.
“A Educação, inspirada no princípio da unidade nacional e nos ideais de liberdade e solidariedade humana, é direito de todos e dever do Estado, e será dada no lar e na escola” (Constituição Federal de 1981, Art. 176).
Devido a importância do ensino de 2º grau como qualificação para o trabalho, a Prefeitura Municipal de São Sebastião da Boa Vista, no Estado do Pará, na pessoa do então prefeito, o Sr. Juarez Távora Guimarães, com o intuito de atender às urgentes necessidades da região. Decidiu, de acordo com o artigo acima citado, implantar o 2º grau neste município, criando através do Decreto nº 02/82, de 26 de fevereiro de 1982 a escola, que na época denominou-se, Escola Municipal de 2º Grau “Padre José de Anchieta”. Seu prédio foi improvisado numa casa que a prefeitura comprou do Sr. Miguel Barbosa, situado à Avenida Presidente Vargas, nesta cidade. Sua primeira diretora foi a Irmã Rosa Senhorinha de Sá, superiora das Irmãs Dorotéias, secretária: Srª. Marieta Gonçalves Gomes.
Como no município não havia professores qualificados para ministrar aulas no 2º grau, o prefeito contratou professores na Capital do Estado, que além dos salários, tinham moradia e alimentação custeadas pela prefeitura, que contava com uma verba liberada pela SUDAM (Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia) para as despesas da referida escola.
A escola oferecia duas habilitações: Magistério e Básica em Administração. Em seu primeiro ano de funcionamento, matricularam-se oitenta e dois (82) alunos na 1ª série do 2º grau, distribuídos em duas (02) turmas e dois (02) turnos. A aula inaugural data do dia 21 de abril de 1982.
No ano seguinte, Já no seu prédio próprio, situado à Avenida das Acácias, o então prefeito Sr. Aluizio de Azevedo Teixeira, devido as necessidades e com o intuito de completar a carga horária dos professores, pois eles recebiam seus salários equivalentes a duzentas e quarenta (240) horas/aulas e como só havia duas turmas, não trabalhavam nem cem (100) horas/aulas mensais, por meio do Decreto nº 001/83, de 10 de fevereiro de 1983, implantou o ensino de 1º grau de 5ª a 8ª séries, alterando o nome da escola para: Escola Municipal de 1º e 2º graus “Padre José de Anchieta”.
Em 1984, dos 82 alunos fundadores apenas dezenove (19) concluíram seu tão sonhado 2º grau, nas áreas especificas dos cursos oferecidos.
Mesmo estando funcionando normalmente, a escola não podia expedir certificados, pois não tinha autorização do Conselho Estadual de Educação e isso só aconteceu em 1986, por meio da Resolução nº 112, de 24 de fevereiro de 1986, há quase quatro anos de sua criação. Essa mesma resolução tornava válidos os estudos dos alunos concluintes dos anos de 1984 e 1985.
Em 1990, por meio da Resolução nº 119, de 07 de março de 1990, o Conselho Estadual de Educação aprova a grade curricular de 1ª a 8ª séries e a partir daí a referida escola passou a funcionar com turmas de 1ª a 4ª séries.
A escola continuou a funcionar normalmente, até que no ano de 1991, considerando as dificuldades financeiras para manter o curso de 2º grau, pois a prefeitura já não estava conseguindo atender as exigências legais para o funcionamento dos referidos cursos, haja vista, que não contava mais com a verba liberada pela SUDAM, numa jogada política, baseada no Art. 221 da Lei Orgânica do Município, que diz assim:
“O Poder Público Municipal atuará prioritariamente no Ensino Fundamental e Pré-Escolar, não lhe sendo permitido ampliar sua oferta em níveis posteriores de ensino, enquanto não atendida plenamente em qualidade e quantidade, a demanda nos níveis iniciais”.
O 2º grau passou da esfera municipal à esfera estadual, fazendo com que o 2º grau funcionasse numa escola estadual, ficando na escola apenas o ensino de 1º grau de 1ª a 8ª séries e mais uma vez o nome é alterado, desta feita para Escola Municipal de 1º Grau “Padre José de Anchieta”.
Com a implantação da nova LDB n º 9394/96 baseada em seu artigo 21 Inc. I, o 1º grau torna-se Ensino Fundamental e o nome muda novamente para: Escola Municipal de Ensino Fundamental “Padre José de Anchieta”.
Baseado no Artigo 38 da LDB foi implantado com autorização do DESU, no ano de 2000, o Ensino Supletivo de Nível Fundamental e em 2004 expande para o Ensino Médio, oportunizando aos boavistenses que em época adequada deixaram de concluir seus estudos e mais uma vez o nome é alterado para: Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio “Padre José de Anchieta”.
A preocupação dos órgãos competentes da Educação no município, depois de avaliar e planejar levou a instalação do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries às diversas comunidades da zona rural, totalizando quatorze (14) anexos com uma demanda de 959 alunos aproximadamente, no ano de 2004, sob a coordenação, orientação e responsabilidade da Escola-Sede, Padre José de Anchieta.
Considerando distância, comunicação, transporte, recursos materiais e humanos, o projeto de expansão que se constitui num grande desafio, deu resultados positivos preparando a clientela para enfrentar o Ensino Médio.
Foi realmente um grande avanço no que concerne a Educação no município, dando oportunidade a todos quantos desejavam conquistar um lugar na sociedade por meio da qualificação.
Temos neste ano de 2010 como Diretor o Professor: Hamil Marques e Marques.
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