2 de dezembro de 2010

Ópera Cabocla


Este Projeto teve como principais objetivos resgatar, documentar e tornar a prática do cordão de pássaro um recurso estimulador na transformação de conhecimento, dado as informações que este folguedo contém quando agregados aos assuntos referentes às diversas disciplinas do currículo escolar. Vale lembrar que Escola Anchieta já teve a oportunidade de desenvolver o folguedo do cordão de pássaro em outras ocasiões, e dessa semente plantada, bons resultados se pode colher. Daí o entusiasmo por realizar novamente este trabalho cultural e ao mesmo tempo educativo.

O trabalho foi idealizado pelo Professor de Educação Artística Everaldo Pureza Leitão, desenvolvido com alunos do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries, obedecendo a etapas de implementação em cada mês (abril, maio e junho). Em cada etapa, os alunos envolvidos participaram dos ensaios e oficinas de música, dança, teatro e confecção de adereços e instrumentos de percussão. Além disso, o processo de interdisciplinaridade foi outra tarefa promovida pelo projeto. A culminância ocorreu no mês de junho por ocasião da programação junina da Escola.
Durante a execução do projeto, juntamente com as apresentações realizadas, aproximadamente 75 pessoas foram envolvidas, distribuídas entre alunos, funcionários, professores, equipe pedagógica, auxiliares e pais de alunos.

A primeira apresentação foi realizada na programação junina da escola e, posteriormente, nos diversos terreiros juninos realizados na cidade, chegando até a se apresentar em Belém do Pará no Colégio Rui Barbosa, onde mereceu enorme admiração e apoio do público que ali se fez presente, em sua boa parte formada por boavistense que foram até lá prestigiar e incentivar o seu folclore.
O cordão de pássaro é uma espécie de teatro popular, uma verdadeira ópera cabocla com direito a canto, marcação e libreto. Uma resposta da gente simples aos grandes espetáculos que vez por outra vinham da Europa para apresentações em Belém. Existem dois gêneros de cordão de pássaro: o cordão de “meia lua” que pode sair às ruas sem grandes dificuldades, e o pássaro “melodrama-fantasia” que já exige guarda-roupa especial e apresentação em um só palco, com cenário e cortina. A cada mês de junho, são muitas as pessoas que se reorganizam para manter os pássaros nos teatros e nas ruas. Alguns dos “cordões” mais conhecidos são: “Tem Tem”, “Beija-flor”, “Sabiá”, “Bem Te Vi”, “Arara”, “Tangará”, “Papagaio Real”, “Papagaio Moleira”, “Tucano” e “Garça”. Alem destes existem vários outros grupos tradicionais, em Belém e no interior do Estado.
Em São Sebastião da Boa Vista, essa prática folclórica ficou por muito tempo longe dos festejos junino e bem próximo da memória de alguns moradores que presenciaram essa manifestação popular surgida no município ainda na década de 50, tendo como precursores Aurino Vulcão e Mestre Sabazinho. No entanto, pouco se fez para mantê-la sempre viva, ocasionando com isso certo desinteresse e descaso por parte das novas gerações.
Para elaboração deste trabalho, foi necessário realizar uma pesquisa de campo junto a moradores locais que participaram em outras épocas de apresentações do folguedo do pássaro junino. Entre esses colaboradores vale destacar a contribuição de Edison Barbosa (Babento) que prestou relevantes informações quanto às músicas que eram executadas. O Senhor Ito que informou quanto ao enredo desenvolvido no folguedo. Contribuíram bastante com a pesquisa, bem como com o primeiro ano de implementação do projeto, José Humberto (Bertaço), Frankner Pantoja, Eliseu Guimarães, Elzáira Gomes, Lucineth Magno, a direção da escola e, principalmente, os pais dos alunos atingidos pelo projeto.
No primeiro ano de execução (2002), o folguedo desenvolvido foi o “Cordão do Tucano”, que contou com a participação de cerca de 40 alunos e diversos professores e funcionários envolvidos na produção. Só foi possível realizar novamente o projeto em 2004, neste ano, quem foi às ruas e terreiros juninos de São Sebastiao da Boa Vista, foi o “Cordão da Garça”. Desta vez, o trabalho já contou com cerca de 60 brincantes mais a equipe de apoio.














A escola retornou com o projeto em 2009 e 2010. Em 2009, já foi possível levar o grupo para se apresentar em Belém, num intercambio escolar estabelecido com a Escola Estadual Rui Barbosa. Em 2010, o projeto Pássaro Junino na Escola, com muito brilhantismo, foi mais uma vez realizado ganhando considerável aceitação por parte dos alunos envolvidos e da comunidade em geral, merecendo ser estudado e tomado como pesquisa e proposta pedagógica em Trabalhos de Conclusão de Curso, pela Faculdade do Noroeste de Minas – FINOM, curso de Pós-graduação de Arte em Educação.



Assim é nosso Pássaro Junino. Majestoso em beleza e apresentação, porém rico em poética e informações que podem ser transformadas em aprendizagem significativa e o mais puro conhecimento.

O pássaro que voa no imaginário coletivo é o mesmo que voa na imaginação do poeta”
(Vicente Salles - 1999) 




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29 de novembro de 2010

Jogos Internos da Escola ano 2010


25 anos de Jogos Anchietanos.
1985, inicio de uma grande viagem pelo mundo da imaginação. Época em que se inicia o registro na história estudantil e esportiva do município de São Sebastião da Boa vista, grandes conquistas e vitórias.
Nesta viagem, passamos por temáticas marcantes que tinham como o cerne de todos os eventos “o esporte como pratica educativa, de interação e valorização do ser humano”.
Vimos “Persistir e conquistar”, “Esporte: expressão e cidadania”, “Sonhar é preciso”, “Preservar e conquistar”, “É preciso saber viver”, “Esporte, inclusão de todos”, “Reciclando a vida”, “Amazônia, terra mãe”, “Esporte arte e cidadania”.
Assim chegamos aos “25 anos de Tradição, imaginação e conquistas.” Certos de que muito ainda podemos fazer, agradecemos primeiramente a Deus, a todos os alunos que fizeram e fazem historia em nossa escola, aos professores de ontem e de hoje, às direções que por lá passaram, aos pais, responsáveis, enfim, a toda “família anchietana.”

8 de novembro de 2010

A COM-VIDA ESTA SENDO FORTALECIDO EM NOSSA ESCOLA



COM-VIDA

O que é a COM-VIDA?

Comissão de Meio Ambiente e qualidade de Vida - COM-VIDA - é uma nova forma de organização na escola e se baseia na participação de estudantes, professores, funcionários, diretores, comunidade.
Para quê a COM-VIDA?

O principal papel do COM-VIDA é contribuir para o dia-a-dia participativo, democrático, animado e saudável na escola, promovendo o intercambio entre a escola e a comunidade. Por isso, a COM-VIDA chega para somar esforços com outros organizações da escola, como o Grêmio Estudantil, a Associação de pais e Mestres e o conselho da Escola, trazendo a Educação Ambiental para todas as disciplinas.


OS GRANDES OBJETIVOS DA COM-VIDA NA ESCOLA SÃO:

• Fazer a agenda 21 na escola.
• Ajudar a cuidar do Brasil, assumindo como orientação a Carta das Responsabilidades Vamos cuidar do Brasil;
• Desenvolver e acompanhar a Educação Ambiental na Escola de forma permanente;
Mas a COM-VIDA pode muitos outros objetivos:
• Participar do Projeto Político-Pedagógico da escola;
• Realizar a conferência de Meio Ambiente na Escola;
• Promover intercâmbio com outros COM-VIDA e Agenda 21 Locais;
• Contribuir para tornar a escola um espaço agradável, democrático e saudável.

Além desses objetivos que são comuns para todas as COM-VIDA, cada escola vai debater e definir outros objetivos e responsabilidades da sua comissão. Assim cada COM-VIDA vai envolver a comunidade escolar para pensar nas soluções para os problemas atuais e na construção de um futuro desejado por todos.
Quem participa da COM-VIDA?

A COM-VIDA faz parte da comunidade escolar. Todas as pessoas e organizações que quiserem participar que estiverem comprometidas com o meio ambiente.
A melhor forma de participar é tomar a iniciativa e reunir pessoas em torno desse movimento por um mondo melhor. De uma forma geral, participam da COM-VIDA na escola: estudantes, professores, funcionários, pessoas da comunidade, pais, mães, avós, vizinhos.

“Participar quer dizer compartilhar informação e poder para sermos mais livres e atuantes, enfim... mais felizes.”
“Participar é importante par termos a chance de juntos, transformar a realidade. Se estivermos descontentes com algo, podemos propor soluções. Se estivermos satisfeitos com alguma coisa, podemos divulgar e contribuir para que outras pessoas aprendam com nossas experiências.”
Aunos responsaveis pela Com-Vida na Escola:
YASMIM CARDOSO DE ALMEIDA 802
ANDRÉIA ROSA PEREIRA 801
MARLUCIA ARAÚJO COSTA 702
BRUNO ARAÚJO DE ALMEIDA 801
ROMOALDO 701

28 de setembro de 2010

HISTÓRICO DA ESCOLA

COMEÇAR é um verbo que envolve muita AÇÃO; ação para repensar, refletir, elaborar e, o mais importante, MUDAR para CONSTRUIR.
Sabemos que o ser humano é um constante mudar, pois, dia a dia, ele confronta situações novas que o fazem, dentro da sua experiência adquirida ao longo de sua busca, seja ela qual for, RECOMEÇAR.
ACREDITAR que é possível envolve coragem, e na história da educação tudo pode ser NOVO e pode depois, fazer parte da HISTÓRIA.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio “Padre José de Anchieta” teve seu papel marcante nessa história, sendo a protagonista deste enredo.
Desde sua fundação até os dias atuais, sofreu com as transformações imposta pelas Leis que regem o Ensino Brasileiro. Mas se mostrou firme e acatou todas as mudanças com dignidade e respeito, pois sabe que tudo que vier para benefício de um povo é especial.
“A Educação, inspirada no princípio da unidade nacional e nos ideais de liberdade e solidariedade humana, é direito de todos e dever do Estado, e será dada no lar e na escola” (Constituição Federal de 1981, Art. 176).

Devido a importância do ensino de 2º grau como qualificação para o trabalho, a Prefeitura Municipal de São Sebastião da Boa Vista, no Estado do Pará, na pessoa do então prefeito, o Sr. Juarez Távora Guimarães, com o intuito de atender às urgentes necessidades da região. Decidiu, de acordo com o artigo acima citado, implantar o 2º grau neste município, criando através do Decreto nº 02/82, de 26 de fevereiro de 1982 a escola, que na época denominou-se, Escola Municipal de 2º Grau “Padre José de Anchieta”. Seu prédio foi improvisado numa casa que a prefeitura comprou do Sr. Miguel Barbosa, situado à Avenida Presidente Vargas, nesta cidade. Sua primeira diretora foi a Irmã Rosa Senhorinha de Sá, superiora das Irmãs Dorotéias, secretária: Srª. Marieta Gonçalves Gomes.
Como no município não havia professores qualificados para ministrar aulas no 2º grau, o prefeito contratou professores na Capital do Estado, que além dos salários, tinham moradia e alimentação custeadas pela prefeitura, que contava com uma verba liberada pela SUDAM (Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia) para as despesas da referida escola.
A escola oferecia duas habilitações: Magistério e Básica em Administração. Em seu primeiro ano de funcionamento, matricularam-se oitenta e dois (82) alunos na 1ª série do 2º grau, distribuídos em duas (02) turmas e dois (02) turnos. A aula inaugural data do dia 21 de abril de 1982.
No ano seguinte, Já no seu prédio próprio, situado à Avenida das Acácias, o então prefeito Sr. Aluizio de Azevedo Teixeira, devido as necessidades e com o intuito de completar a carga horária dos professores, pois eles recebiam seus salários equivalentes a duzentas e quarenta (240) horas/aulas e como só havia duas turmas, não trabalhavam nem cem (100) horas/aulas mensais, por meio do Decreto nº 001/83, de 10 de fevereiro de 1983, implantou o ensino de 1º grau de 5ª a 8ª séries, alterando o nome da escola para: Escola Municipal de 1º e 2º graus “Padre José de Anchieta”.
Em 1984, dos 82 alunos fundadores apenas dezenove (19) concluíram seu tão sonhado 2º grau, nas áreas especificas dos cursos oferecidos.
Mesmo estando funcionando normalmente, a escola não podia expedir certificados, pois não tinha autorização do Conselho Estadual de Educação e isso só aconteceu em 1986, por meio da Resolução nº 112, de 24 de fevereiro de 1986, há quase quatro anos de sua criação. Essa mesma resolução tornava válidos os estudos dos alunos concluintes dos anos de 1984 e 1985.
Em 1990, por meio da Resolução nº 119, de 07 de março de 1990, o Conselho Estadual de Educação aprova a grade curricular de 1ª a 8ª séries e a partir daí a referida escola passou a funcionar com turmas de 1ª a 4ª séries.
A escola continuou a funcionar normalmente, até que no ano de 1991, considerando as dificuldades financeiras para manter o curso de 2º grau, pois a prefeitura já não estava conseguindo atender as exigências legais para o funcionamento dos referidos cursos, haja vista, que não contava mais com a verba liberada pela SUDAM, numa jogada política, baseada no Art. 221 da Lei Orgânica do Município, que diz assim:
“O Poder Público Municipal atuará prioritariamente no Ensino Fundamental e Pré-Escolar, não lhe sendo permitido ampliar sua oferta em níveis posteriores de ensino, enquanto não atendida plenamente em qualidade e quantidade, a demanda nos níveis iniciais”.

O 2º grau passou da esfera municipal à esfera estadual, fazendo com que o 2º grau funcionasse numa escola estadual, ficando na escola apenas o ensino de 1º grau de 1ª a 8ª séries e mais uma vez o nome é alterado, desta feita para Escola Municipal de 1º Grau “Padre José de Anchieta”.
Com a implantação da nova LDB n º 9394/96 baseada em seu artigo 21 Inc. I, o 1º grau torna-se Ensino Fundamental e o nome muda novamente para: Escola Municipal de Ensino Fundamental “Padre José de Anchieta”.
Baseado no Artigo 38 da LDB foi implantado com autorização do DESU, no ano de 2000, o Ensino Supletivo de Nível Fundamental e em 2004 expande para o Ensino Médio, oportunizando aos boavistenses que em época adequada deixaram de concluir seus estudos e mais uma vez o nome é alterado para: Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio “Padre José de Anchieta”.
A preocupação dos órgãos competentes da Educação no município, depois de avaliar e planejar levou a instalação do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries às diversas comunidades da zona rural, totalizando quatorze (14) anexos com uma demanda de 959 alunos aproximadamente, no ano de 2004, sob a coordenação, orientação e responsabilidade da Escola-Sede, Padre José de Anchieta.
Considerando distância, comunicação, transporte, recursos materiais e humanos, o projeto de expansão que se constitui num grande desafio, deu resultados positivos preparando a clientela para enfrentar o Ensino Médio.
Foi realmente um grande avanço no que concerne a Educação no município, dando oportunidade a todos quantos desejavam conquistar um lugar na sociedade por meio da qualificação.
Temos neste ano de 2010 como Diretor o Professor: Hamil Marques e Marques.